O dia que eu saí pra pintar e não pintei
Salve, Vandalões! Hoje vou contar uma história das minhas andanças pelo Graffiti. Esse dia meus amigos e eu fomos pintar, porém, uma coisa inesperada atrapalhou a gente.
Não me lembro exatamente da data, mas sei que foi há uns cinco anos. Dias atrás nós tivemos alguns problemas com a lei e decidimos que pelo menos por enquanto os murais só seriam autorizados. Não sei se nos comunicávamos por orkut, msn, icq ou cartas essa época. Mas marcamos o ponto de encontro na casa do Musgo, meu amigão e outro Administrador da Salve os Muros.
Lá fui eu com uma mochila que tinham duas latas de spray, mantegueira, rolinho, xadrex e nas mãos dois galões de 5 litros de tinta aguada. (Eu parecia o Chaves naquele episódio que acaba água na vila)

Moro no DVO que é um bairro de Brasília e faz divisa com o Goiás. O Musgo e Slid no Novo Gama, que é uma cidade que faz divisa com Brasília, é aqui perto. O Novo Gama tem vários bairros, entre eles o Pedregal na direção leste, o Boa Vista na direção sul e o Grande Vale na sudeste. Agora dada essa aula de geografia guarde esses nomes.
Ao nos encontramos alguém teve a brilhante ideia de pintar no Boa Vista, e lá fomos nós andar 3km a pé no sol quente atrás de muro. Descíamos procurando o melhor lugar, até que chegamos quase no fim do bairro e nada. Outra pessoa inventou de ir até o Grande Vale procurar também, talvez tenha sido eu. De onde a gente estava, para ir ao próximo destino, era preciso entrar no meio do cerrado e andar mais alguns quilômetros. E qual foi a decisão mais esperta? Vamos entrar no meio desse mato e encontrar o muro perfeito.
Os três patetas estavam no cerrado, aquilo já tinha deixado de ser um rolê de Graffiti e se tornou programa de sobrevivência da Discovery. Estava um calor infernal e nós no meio do mato, ainda não tínhamos chegado até o Grande Vale. O problema é que já tinha uma hora andando e nada do bendito lugar. Não dava mais pra voltar.
Chegamos ao destino, mas tivemos uma surpresa, pedimos a autorização de mais de 10 lugares para pintar, mas todos com resposta negativa, após um tempo os moradores de lá ficaram com uma cara desconfiada. 

Decidimos nos dar por vencidos, e depois de duas horas procurando fomos embora. Perguntamos a um local como sairíamos de lá e ele nos mostrou o caminho. Andamos mais uns 500m e já demos de cara com o final do Novo Gama. Mais uns 300m e era a casa do Musgo.
Cansados, derrotados e voltando ao ponto inicial, fomos lanchar e depois cada um foi pra sua casa. A lição que fica é conheça a sua quebrada e não vá pintar longe se você pode pintar perto. Ah, e sempre leve água para o rolê, esse dia morri de sede.
Valeu por acompanhar a leitura e Viva o Graffiti !
Comentários
Postar um comentário
Os comentários realizados no site são de responsabilidade do seu respectivo autor.